Mitos e Verdades sobre o Veganismo

Mitos e Verdades sobre o Veganismo
Foto: Pixabay

Gabriela Tonolli, coordenadora do curso de Gastronomia da FSG, explica e desmistifica as informações sobre a prática desse estilo de vida

Caxias do Sul e Bento Gonçalves, 14 de novembro de 2022 – A alimentação vegana vem crescendo de forma significativa na sociedade, e consequentemente, grandes empresas do setor estão entrando nesse mercado também.

De acordo com a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), de janeiro de 2016 a janeiro 2021, o volume de buscas pelo termo ‘vegano’ aumentou mais de 300% no Brasil. A coordenadora do curso de Gastronomia do Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG), Gabriela Tonolli, explica que a causa para esse crescimento é tanto devido a muitas pessoas optarem por uma alimentação mais saudável, mas também há cada vez mais consumidores conscientes. “Muitas pessoas passaram não só a deixar de consumir produtos de origem animal, como mudaram coisas do cotidiano, entre eles, o tipo de shampoo, roupas e acessórios”.

Para se tornar vegano, a gastróloga ressalta que não é um caminho fácil, principalmente pela falta de praticidade e a restrição alimentar que esse estilo de vida proporciona. “Mas vale começar a substituir aos poucos os derivados como leite e queijos, que já é uma grande mudança, e não ter medo de provar novos pratos”.

A professora destaca ainda, que não existe idade ideal para se tornar vegano, mas que normalmente é na fase adulta que as pessoas optam por esse estilo de vida, justamente por demandar tempo para entender o conceito da prática e para preparar os alimentos.

“Já a adaptação de uma criança ao veganismo, é um pouco mais demorado. Mas em casos de pais que desejarem introduzir desde pequeno, é recomendado que coloque na dieta deles hortaliças e legumes que tenham mais nutriente, assim como fazer um acompanhamento de suplementação, sempre acompanhado de um profissional,” salienta Gabriela.

Muitas pessoas associam o veganismo a um estilo de vida caro devido o valor dos produtos. Tonolli explica que isso vem mudando ao longo dos anos, devido grandes empresas de alimentação estarem trazendo opções em larga escala e menor custo. Mas ainda assim, o custo-benefício é relativo. “Além do problema de oferta e procura, as receitas veganas, principalmente as de substituição de derivados e carnes, são a base de grãos e castanhas, e o rendimento dos preparos são baixos. Isso também eleva o custo do alimento vegano.”

Outra grande preocupação das pessoas que decidem adotar uma dieta vegana ou vegetariana, é quais os alimentos que substituem a carne e derivados do leite, tanto em componentes nutricionais quanto no sabor do prato.

Gabriela esclarece que o leite é o mais fácil de ser substituído, pois com as dietas de intolerantes e alérgicos a lactose, hoje se encontra diversas opções de leite vegetal, soja, amêndoas, arroz, entre outros. “Já a carne, pode ser substituída por alimentos com base de grãos e plantas. Esses além de imitar a textura, também transcrevem o sabor da carne”, completa a docente.

Por fim, a docente salienta que há vários mitos, principalmente voltados a alimentação vegana, com pessoas dizendo que quem optar por esse tipo de estilo de vida irá se alimentar mal ou faltar nutrientes na rotina. “Hoje já existem várias pesquisas de insumos, como plantas e cogumelos, que trazem as mesmas fontes de nutrientes que carnes, podendo ser facilmente substituído. Não há prejuízo em ser vegano, desde que acompanhado de um profissional para manter os nutrientes em equilíbrio.”

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