Mercy For Animals aposta no feijão com arroz para estimular consumo de comida saudável e desmistificar veganismo

Mercy For Animals aposta no feijão com arroz para estimular consumo de comida saudável e desmistificar veganismo
Foto: Mercy For Animals

Ingredientes farão parte da campanha que será lançada nas redes da MFA amanhã, 16 de outubro, quando se comemora o Dia Mundial da Alimentação.

O feijão com arroz, combinação perfeita da culinária brasileira, será o protagonista da nova campanha da Mercy For Animals (MFA) para estimular a adesão da população a um cardápio mais saudável, com uso exclusivo de ingredientes vegetais e de fácil preparo. A campanha será lançada nas redes sociais da MFA amanhã, dia 16 de outubro, data em que se comemora o Dia Mundial de Alimentação, com vídeo manifesto, uma websérie chamada “Comé que faz”, com dicas de preparo de arroz, leguminosas, verduras e vegetais, estrelada pela influenciadora digital Luiza Allan (@naocomosoalface), e o site www.feijaocomarroz.org.br.

“O nosso propósito é mostrar que é possível fazer a transição para uma dieta vegetal de forma simples, descomplicada e acessível, fornecendo as informações nutricionais dos ingredientes e dando dicas de preparo para apoiar os processos na cozinha de casa ou do estabelecimento”, ensina Lucas Alvarenga, vice-presidente sênior da Mercy For Animals. A MFA é considerada uma das maiores organizações do mundo focada na proteção e defesa de animais considerados de consumo e também na transformação do atual sistema alimentar para que garanta um futuro melhor para o planeta e para todos que o compartilham.

No vídeo manifesto, a MFA deixa claro que cozinhar é um ato de transformação e revolução, a partir da simplicidade do preparo e do uso de ingredientes que podem ser encontrados em feiras livres, diretamente com produtores e cultivados em espaços urbanos. “Comida honesta vem da terra, vem da feira, do pequeno produtor. Se puder escolher, prefira comida de verdade, a comida que faz bem sem olhar a quem”, recomenda.

Com a websérie “Comé Que Faz”, a influenciadora de Aracaju Luiza Allan quer mostrar que o veganismo não é uma prática elitista. Adepta há quatro anos, primeiro do vegetarianismo e depois do veganismo, Luiza criou o perfil no Instagram @naocomosoalface para ensinar que é possível fazer uma comida saudável, com ingredientes frescos e facilmente encontrados. Na série, ela ensina a fazer arroz, depois o feijão, verduras e vegetais, os dois últimos preparados de quatro formas.

Prato feito campeão

O Brasil é o maior produtor mundial de feijão comum, com uma produção anual de 3 milhões de toneladas e o cultivo de 13 diferentes tipos. Os estados do Paraná, Minas Gerais e Bahia são os principais produtores. Além disso, é um dos 10 maiores produtores de arroz do mundo, com produção estimada de 1,5 milhão de toneladas, sendo que o Rio Grande do Sul é o que mais produz, seguido do Mato Grosso.

Feijão e arroz são dois importantes ingredientes da refeição do brasileiro, devido ao alto valor nutricional em função da quantidade de carboidratos, proteínas, fibra alimentar, minerais, vitaminas, entre outros componentes. Associados com verduras e vegetais preparados na água, no forno ou a vapor formam a combinação perfeita para uma comida saudável e cheia de sabor, com teor nutritivo que dispensa o uso de proteína animal.

“Esse é um hábito muito saudável, pois os ingredientes nutrem e fornecem todas as propriedades típicas de um alimento funcional”, afirma Bruna Nascimento, nutricionista formada pela Universidade Federal do Paraná e especialista em Políticas Alimentares no programa Alimentação Consciente Brasil, da Mercy For Animals. Bruna faz uma ressalva importante sobre o preparo das leguminosas (feijão, grão-de-bico, lentilha, entre outras): é necessário deixá-las de molho por um período de 12 horas.

Segundo Bruna, essa etapa é muito importante para melhorar o aproveitamento dos minerais, como ferro, cálcio e zinco, e melhorar a função digestiva, evitando a produção de gases e sensação de estufamento que algumas pessoas podem ter ao consumir leguminosas. “Ao deixar os grãos de molho, parte do ácido fítico, que é um composto naturalmente presente nas plantas para sua proteção, vai para a água e é descartada. Esse processo também ajuda na diminuição da rafinose e estaquiose, que são oligossacarídeos (carboidratos) presentes nos feijões e que podem causar flatulência e sensação de desconforto após o consumo”, explicou.

Você pode gostar...