Alimentação após os 60 anos: O equilíbrio nutricional deve levar em consideração
Nutricionista clínica do Elissa Village, residencial especializado em longevidade, dá dicas do que deve ser priorizado na alimentação na terceira idade
Diversas alterações funcionais e anatômicas acontecem conforme vamos envelhecendo. Essas mudanças, inclusive, podem afetar o estado nutricional de cada indivíduo, pois acontece a redução das reservas de vitaminas e minerais, e a absorção e digestão também são diminuídas e/ou ficam mais lentas. Além de outros fatores, como a possibilidade de menor gasto energético durante o dia, dependendo das condições clínicas. Por essa razão, uma alimentação equilibrada e planejada é importante.
De acordo com Maria Vithória Cordeiro Arruda, nutricionista clínica do Elissa Village, residencial especializado em longevidade situado a 20 minutos de Curitiba, as necessidades nutricionais do público com mais de 60 anos de idade são diferentes das pessoas com idade menor. “Após os 40 anos de idade há uma perda de cerca de 8% de massa magra – ou seja, dos músculos – a cada 10 anos de vida. Portanto, quando se fala das necessidades nutricionais para o público 60+ temos que também levar isso em consideração”, afirma.
Entre as necessidades nutricionais fundamentais a partir dessa idade está a inclusão dos macronutrientes (carboidrato, proteína e gordura) no cardápio, pois são eles que oferecem energia para o corpo; e dos micronutrientes (vitaminas e minerais), os quais começam a faltar com mais frequência no organismo, como a vitamina B12, o zinco, o ferro e a vitamina D.
“Alguns desses nutrientes precisam passar por alguma ativação endógena no corpo, como é o caso da vitamina B12 e, às vezes a deficiência não é nem pela falta do alimento, e é preciso suplementar”. Outros micronutrientes não são encontrados em alimentos, como é o caso da vitamina D, que precisa ser reposta por suplementação ou por exposição solar frequente. “No caso do zinco, a melhor fonte alimentar é gérmen de trigo, por exemplo. Mas também podemos encontrá-lo nas castanhas e leguminosas, como feijão e amendoim”, exemplifica.
A melhor nutrição é aquela que respeita a biografia do indivíduo
A nutricionista clínica do Elissa Village explica que, ainda que haja uma indicação do que seria o planejamento alimentar ideal, ele não pode ser generalizado. Segundo ela, uma boa nutrição para o público com mais de 60 anos deve ser aquela que respeita a biografia do indivíduo.
“Nós temos que entender o que essa pessoa consumiu nos seus 60 anos ou mais de vida. É muito difícil e tem pouca adesão se mudarmos a alimentação do dia para noite de alguém que passou décadas se alimentando de um jeito. Precisamos chegar no meio termo entre o que vai realmente prejudicar a saúde dessa pessoa, com os hábitos de vida que trazem prazer e qualidade de vida. É uma balança de equilíbrio que, na maioria das vezes, precisa de muitos ajustes, mas acaba dando certo”, explica.
Um exemplo é o planejamento da alimentação no Elissa Village, que prioriza a manutenção dos hábitos alimentares de cada hóspede, porém fazendo os ajustes necessários para que a alimentação atenda às necessidades específicas. O cardápio do residencial é elaborado por chefs de cozinha e acompanhado por uma nutricionista.
“Para os moradores que identificamos alguma necessidade particular, seja por exemplo, ganho ou perda de peso, diabetes, doença renal crônica, pós transplante hepático, montamos um planejamento alimentar específico. Tentamos manter os hábitos alimentares, entretanto fazemos algumas alterações, no caso de um paciente diabético ajustamos a oferta de carboidrato ou um paciente com doença renal crônica a oferta de proteína, potássio, fósforo, entre outros”.
A profissional lembra que uma alimentação equilibrada deve priorizar o uso de bastante verduras, frutas, carnes magras e alimentos integrais. Mas, que é importante também, mensalmente, realizar um acompanhamento nutricional para entender se é preciso ofertar mais ou menos de algum alimento específico ou utilizar alguma suplementação.
“Cada um tem uma necessidade nutricional diferente, respeitar isso fazendo os ajustes essenciais pode promover maior qualidade de vida, longevidade e diminuir a manifestação ou progressão de algumas doenças. E, mais importante de tudo: lembrar que alimentação não é só isso. A alimentação também é o convívio na hora do jantar, por exemplo, é uma festa de Natal com memória afetiva. Isso é, muitas vezes, o maior prazer do dia de alguém desse público” finaliza.
Um pouco sobre o Elissa Village
O Elissa Village é o primeiro residencial do Brasil especializado em longevidade, com estrutura sofisticada e tecnológica. Conta com três pilares principais: moradia, estudo e pesquisa. Localizado a 20 minutos de Curitiba, em Campina Grande do Sul (PR), apresenta um novo conceito de living care, para pessoas com mais de 60 anos de idade. Está situado em uma área envolta pela natureza de 300 mil m², com 6.000 m² de área construída. As dependências do Elissa contam com todo o conforto e conveniência de um hotel cinco estrelas, com apartamentos individuais de 29 m², alta gastronomia com chef, espaço gourmet (churrasqueira e estrutura para receber familiares), biblioteca, salão de beleza, espaços multiuso com salas de jogos, computadores e cinema, varanda para atividades de artes, espaço ecumênico, piscina aquecida, pista de caminhada, solarium, horta e jardinagem.