Peixe enlatado é opção de consumo prática e saudável

Peixe enlatado é opção de consumo prática e saudável
Foto: Pixabay

Lata de aço conserva todas as propriedades nutricionais do pescado por mais tempo sem necessidade de conservantes ou aditivos químicos

O peixe é um alimento que não pode faltar em uma dieta balanceada, pois previne doenças cardiovasculares, diminui o nível de colesterol, ansiedade e ativa a memória. A recomendação é que o pescado seja consumido pelo menos duas vezes por semana no cardápio, de acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira do Ministério da Saúde (MS).

Mas o brasileiro ainda come pouco peixe, como aponta a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) de 2008/2009, também divulgada pelo Ministério da Saúde. O consumo anual de peixe é de 9 quilos por habitante e o ideal é 12 quilos por pessoa, segundo o MS.

Um dos motivos para o baixo consumo pode estar relacionado à dificuldade de preparo. Ao comprar o peixe fresco é preciso limpá-lo. Em alguns casos, até retirar as escamas. Uma solução prática e ao mesmo tempo saudável é o consumo de peixes enlatados, como o atum e a sardinha.

No caso da sardinha, por exemplo, a espinha, normalmente retirada quando o peixe é comprado in natura, é cozida dentro da lata de aço. Esta parte da sardinha deve ser consumida, pois é rica em cálcio, mineral fundamental para os dentes e os ossos. Na lata a espinha fica mole e fácil de mastigar, engolir e digerir. Já atum enlatado tem a vantagem de poder ser consumido diretamente na lata ou como ingrediente de molhos e pratos.

O tempo de conservação dos peixes enlatados também é outro diferencial a ser ressaltado. Peixes congelados duram no máximo seis meses enquanto sua versão enlatada chega há dois anos. A lata de aço ainda preserva todas as propriedades nutritivas e o sabor do alimento sem necessidade de conservantes e aditivos químicos.

“O pescado quando conservado em óleo de soja ou em azeite na lata não tem seus nutrientes dissipados, já que o processo de preparação do alimento enlatado é diferenciado. O peixe é colocado cru dentro da lata e depois de ser hermeticamente fechada, a embalagem é levada para fornos em altas temperaturas, garantindo ainda mais a preservação dos nutrientes, como o ômega 3”, garante Thais Fagury, engenheira de alimentos e gerente executiva da Abeaço (Associação Brasileira de Embalagens de Aço).

Porque consumir peixe

Os peixes são ricos em vitamina A, B3, B6 e B12, além de minerais como o ferro, fósforo, magnésio, sódio e cálcio – substâncias que atuam diretamente na prevenção de cânceres e da osteoporose. Os ácidos graxos do tipo ômega presentes na sardinha, por exemplo, podem retardar o avanço (ou metástase) do câncer de mama.

Esses nutrientes também são essenciais para o desenvolvimento e o funcionamento do sistema neurológico, especialmente do bebê durante a gestação, como aponta uma pesquisa realizada pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Outro estudo, do Centro de Genética, Nutrição e Saúde de Washington, nos Estados Unidos, mostra que a gordura da sardinha é capaz de diminuir a tendência para processos inflamatórios e dolorosos, como as dores de cabeça. Para obter esses benefícios, no entanto, não se deve fritar o peixe, pois a fritura modifica os ácidos graxos, alterando suas propriedades.

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