DRINKS ORIENTAIS! ENTENDA A DIFERENÇA ENTRE SAQUÊ E SHOCHU
As duas bebidas alcoólicas são provenientes do Japão e hoje são famosas em muitos lugares do mundo; mas apesar da mesma nacionalidade, ambas possuem particularidades próprias. Para desvendar as principais diferenças entre as bebidas orientais, a Azuma Kirin, marca de sakes com mais de 80 anos no Brasil lista as principais diferenças entre saquê e shochu
Uma caipirinha de Saquê, por favor! A bebida oriental se tornou popular no Brasil e essa frase pode ser ouvida diariamente nos bares do país a fora. Mas tem uma outra bebida japonesa, menos conhecida, que causa grande confusão na cabeça dos brasileiros: o shochu. A primeira desfruta de uma base de fãs por sua doçura frutada e sua capacidade de complementar uma variedade de alimentos; a segunda predomina o sabor do álcool.
E embora sejam bastante confundidas por quem ama drinks orientais, o saquê e o sochu são muito diferentes em termos de processos de produção e sabor, sem mencionar o teor alcoólico. De acordo com a Azuma Kirin, para realmente apreciar o saquê, é bom ter um conhecimento prático da outra bebida “nativa” do Japão e como as duas diferem e se relacionam. Pensando nisso, a marca listou os principais pontos que tornam o sabor das opções tão particulares.
Diferenças na produção
Em um processo que alguns acreditam ter sido criado há 3.000 anos e usado até hoje nas instalações da Azuma, o saquê é fabricado convertendo o amido do arroz em açúcar e depois em álcool através do poder de uma fermentação específica.
Por outro lado, o Sochu é um licor destilado que data do século XVI. A destilação é o processo de separação de uma combinação de líquidos com diferentes pontos de ebulição, neste caso, água e álcool. Ao remover parte do teor de água de uma mistura alcoólica, os destiladores ficam com uma bebida consideravelmente mais forte.
Em comparação, a mistura naturalmente fermentada de álcool e água que compõe o saquê geralmente varia em torno de 15 ou 16% de teor alcoólico, enquanto o shochu pode oscilar em torno de 25%. Essa diferença, aparece nos sabores das duas bebidas: o saquê é suave e picante e o shochu é seco e com um forte sabor alcoólico.
Ingredientes chaves
A Azuma Kirin destaca que o ingrediente chave do saquê é o arroz. Dito isto, uma série de outros fatores, como o grau de polimento do grão, se o saquê é tratado ou não com uma adição de uma pequena dose de destilado ou a variedade de levedura usada para fermentação, podem afetar significativamente o sabor do produto.
Por outro lado, qualquer fã de shochu dirá que seu verdadeiro charme está na seleção incrivelmente diversificada de ingredientes crus que podem ser usados para prepará-lo. Os dois mais populares são o imo (batata-doce) e mugi (trigo). A primeira tem uma doçura discreta que atrai aqueles que gostam de uma bebida forte, mas não tão pesada. Já para aqueles que preferem o sabor mais consistente e bem intenso de álcool, a segunda opção pode ser considerada a melhor escolha. Esses dois sabores geralmente são oferecidos em restaurantes e vendidos facilmente nas lojas. Mas uma variedade de ingredientes criativos pode produzir shochu; incluindo milho, castanha e açúcar bruto, que são todos adicionados na segunda etapa da fermentação.
Hora de degustar
Sobre indicações e diferenças na degustação, a Azuma explica que dependendo do tipo, o saquê pode ser apreciado em uma faixa impressionante de temperaturas, desde quase congelante 5 ℃, até escaldantes 50 ℃. Além de poder ser facilmente saboreado direto da garrafa, em temperatura ambiente.
O Shochu também pode ser consumido em temperaturas muito altas, mas normalmente não é o formato recomendado. Em vez disso, como a maioria dos destilados fortes, ele geralmente é servido com gelo ou em um mix com água quente ou fria, e até misturado ao chá.
Um saquê pra chamar de seu!
Agora que ficou mais fácil distinguir saquê e shochu, é só escolher a opção que melhor aguça o paladar. E para os fãs de saquê, a Azuma preparou uma lista com indicações da bebida que vão deixar qualquer drink mais saboroso.
Dourado: É um sake para uma legítima experiência oriental, com excelente acidez, aroma fresco e frutado, com sabor suave. É perfeito para consumo puro ou em drinks mais elaborados e considerado um produto de alta qualidade e preço acessível. Harmoniza muito bem com frutos do mar, peixes assados, lámen ou com pratos mais populares como pizza e hamburgueres.
Guinjo: Um sake premium, premiado em 2022 como um dos melhores Sakes do Mundo. Muito aromático, frutado e adocicado, com sabor leve e notas de maçã, combinando muito bem com reuniões formais e ocasiões de trabalho.
Sake Soft: É indicado para quem busca um sabor discreto e agradável. Tem aroma suave, é frutado, leve e delicado no paladar. Boa opção para degustar puro ou em drinks que se procura leveza, quem gosta de experimentar e inventar seus próprios drinks, pois permite que a fruta e outros insumos se destaquem na preparação.