Itália no Box lista 6 mitos e erros da cozinha italiana

Itália no Box lista 6 mitos e erros da cozinha italiana
Foto: Itália no Box

Para Gabriel Alberti, fundador da rede, um dos erros mais cometidos é colocar azeite ou óleo ao cozinhar a massa

Raramente, no Brasil, você encontra alguém que não goste de nenhuma das diversas receitas italianas que fazem sucesso no país. Seja para almoçar em jantar em um restaurante ou preparar algo em casa, grande parte dos brasileiros adoram comer um delicioso macarrão, ou uma pizza, lasanha, entre tantos outros pratos deliciosos.

Porém, alguns clichês permeiam a culinária italiana e acabam sendo realizados por milhões de brasileiros, mas na realidade, para os italianos são erros que podem prejudicar as receitas e mudar o sabor final do prato.

Gabriel Alberti é de família italiana e fundador da Itália no Box, franquia que busca reproduzir receitas típicas da Itália. Por ter uma família tradicional, que gosta de cozinhar, mas, também, por conhecer inúmeras pessoas que dão o toque brasileiro nos pratos italianos, ele está acostumado, mas ensina os franqueados a seguirem os passos da Itália, pois o sabor é incontestável.

Para ajudar as pessoas a não caírem mais nos clichês que rodeiam a culinária italiana, Gabriel listou quais são os erros mais comuns que os brasileiros costumam cometer na hora de cozinhar uma receita oriunda da Itália.

Colocar azeite ou óleo ao cozinhar a massa

Ao preparar a massa, muita gente tem o costumem de colocar azeite na água com o intuito de fazer com que ele não grude. O fundador da Itália no Box explica que a forma correta de cozinhar as massas é com sal grosso e, que qualquer outro ingrediente que se adicione à água no momento da fervura, provavelmente altera o sabor original do prato.

O azeite, assim como todos os outros demais temperos, devem ser acrescentados só depois que a massa estiver devidamente pronta.

Cortar o cozimento da massa com água fria

É muito comum nas casas brasileiras, ver alguém “lavando” a massa recém cozida na água fria para garantir que o prato fique no estilo al dente. O que pouca gente sabe, porém, é que ao fazer isso estão jogando fora o principal truque da original pasta italiana: o amido.

A massa de boa qualidade, segundo Gabriel, não é lisa, mas sim aquela considerada “farinhenta”. A dica de ouro, digna dos chefs, é justamente utilizar a água ainda quente do cozimento na hora do preparo dos molhos. Tal ação permite que o amido presente nas massas ajude a criar uma densidade especial aos sugos e a mistura final fique ainda mais saborosa.

Queijo ralado em massa com frutos do mar

Que o parmesão é uma das grandes contribuições da culinária italiana para as mesas do mundo, não é nenhuma novidade. Mas, sabe aquela salpicada de queijo ralado caindo sobre o prato de risoto, quase em câmera lenta? Pois bem, ela só é válida se o prato em questão não for com fruto do mar.

Isso porque, tanto o parmesão quanto o grana padano, além de não combinarem com este tipo de comida, são queijos considerados muito intensos. Ou seja, eles “roubam” o sabor dos peixes.

Servir o molho separado da massa

Gabriel explica que no processo de preparo, a massa deve ser (bem) misturada ao molho e o ideal é colocá-la na panela do molho, e não o contrário. O truque ajuda a fazer com que a massa absorva melhor os sabores inicialmente presentes na panela e intensifique a experiência gastronômica.

Risoto ou massa acompanhado de carne

Fazer um prato só com mais de dois elementos é impensável para qualquer italiano. Portanto, Gabriel pede para que os brasileiros desconsiderem qualquer ideia de comer a carne, salada ou massa ao mesmo tempo.

Ele explica que há primeiro os antepastos, depois o primeiro prato, geralmente uma massa ou risoto, seguido do segundo prato, carne com legumes ou batatas e, por fim, a salada.

Combinações tradicionais

Na Itália, a culinária é quase uma religião, portanto ignorar as combinações tradicionais dos pratos pode ser um verdadeiro pecado. Para cada tipo de massa, há um molho específico e isso deve ser respeitado!

O spaghetti, por exemplo, é uma massa longa própria para ser servida com molhos de alta cremosidade, tipo alla carbonara. Massas curtas como o penne, por sua vez, caracterizam-se por curvas que ajudam a “segurar” melhor o sabor dos molhos.

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